sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Tempo

"Nós vivemos em um tempo que se sente capaz de realizar tudo.
Mas não sabemos o que!
Um tempo, que domina todas as coisas,
Mas não é dono de si próprio.
Sente-se perdido em sua própria fartura.
Com mais meios, mais saber, mais técnicas do que nunca, esse tempo
(o mais infeliz que já houve)
avança!
Para o nada..."
(Não consegui encontrar a fonte. Talvez seja do próprio Abujamra... mas uma coisa é certa: ele é sensacional declamando. Seja o texto que for, seja a poesia que for.)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Equilibrium

Oscilando entre a sobriedade e a insanidade, a capacidade de sentir é nossa característica mais inerentemente humana. Melhor dizendo, na verdades capacidade de sentir e a consciência dos sentimentos é o que nos diferencia dos demais animais. Empatia, amor, paixão, raiva, interesse, luxúria... Comparo-os todos a temperos, tais como pimenta, sal, limão, cebola, tomate, alecrim, manjericão, em que alguns são fortes, outros você não gosta, mas que TODOS são essenciais para dar gosto a vida.

Perdi minhas receitas, hoje já não sinto o gosto. Superei meus sentimentos, talvez? E quanto a isso nem um vazio consigo sentir. Olho como quem vê um sapato usado jogado na rua: não me pertence, não me diz respeito, mas algo parece fora do lugar.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Cartas

Esses dias fiquei pensando em escrever algumas cartas.
Sabe? Aquela coisa de papel, caneta, envelope... talvez até uma ponta de perfume, a espera, a letra...
Talvez nesse tempo de instantaneidade, onde ninguém tem paciência pra ler mais do que duas linhas, para DIGITAR duas linhas....
Deve ser legal, preencher uma folha com notícias, tentar exprimir sentimentos à distância, fazer com que a pessoa compreenda e que tente se fazer compreendida....
Talvez fossem tempos onde se valorizasse mais, tanto a distância quanto a proximidade....
Talvez....

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Exercicio 3

Teto, sonhos, chuva
Lembro-me de estar ali, parado, encarando o nada e pensando se há algum limite para os sonhos... se existe algum teto, diante do qual não podemos mais subir ou contornar. E será que por esse teto ser tão alto, nos parece infinito ou mesmo que não existe? E lá fora, o que existirá? O que há além? Ou antes: o que há aqui? Talvez eu já esteja ouvindo as respostas: chuva.