domingo, 5 de dezembro de 2010

Desejo-Momento

Eu quero das crianças a poesia pura
Dos jovens, a rebeldia sem causa
Dos adultos, apenas a loucura
Dos velhos, o "fazer-nada"

Do relógio, já quis as horas mortas
Da paixão, a inconsequência feliz
A Deus pedi as linhas tortas
Ao diabo, um amor de meretriz

Mas nessas horas de silêncio cáustico
Em que nada é realmente fugaz
No coração sinto o Ártico
De amar, pareço incapaz

E enquanto a escuridão me amordaça
Uso a pena que me liberta
Ouço um forte grito na praça
Sinto mais uma mente inquieta

Diego Felipe

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