É notório observar a falta de conteúdo no que fazemos, dizemos, bebemos, comemos, vivemos. Corremos de nossos sofrimentos afogando-nos num mar de insignificâncias, psicóticos e aculturalismos. Achamos que qualquer hora uma fórmula mágica ou tropeço qualquer nos trará a felicidade, iluminação e inteligência que tentamos mostrar que já possuímos.
Gostaria de preencher esse espaço vazio que minha mente se encontra. Mas gostaria igualmente de deixá-lo vazio. Um copo pela metade, e quebrado. Há algo de podre do reino da Dinamarca e ser ou não ser já deixou de ser a questão.
Abençoados são os ignorantes. Eles são mais felizes, porque não sabem quando vão morrer. De minha parte, já encontro-me morto. Uma pele abandonada por um ser que já não é.
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