"São duas da manhã, e tomo um café, com a mesma última lembrança nossa na mente... A chuva torrencial lá fora me serve de trilha sonora, além de cair grande, doce e pesada, com minhas memórias que sempre vêm à tona em madrugadas insones... Não, não é saudosismo ou tristeza, é apenas o dia-a-dia monótono que me dá tal insônia, e dada a falta de um chiclete mental de qualidade mínima, acabo por assistir à televisão do pensamento, onde os capítulos, eternamente repetidos, têm sempre a mesma audiência, calada e solitária...
Sim, claro, respondo aos seus pensamentos: continuo um tanto quanto exageradamente bipolar-sentimentalista... mas como você havia me dito, jamais cheguei-me para o dramalhão, dramaticidade... afinal, em questões de atuação, você dizia que eu perdia para os artistas juvenis de certa série-novela global de 16 anos de existência...
Acho que já deve ter notado: estou ótimo (como sempre), mas (ainda) falta-me algo (como sempre)... acho que não tenho muito mais para dizer que não soe piegas, falso ou repetitivo...
Venha me visitar quando puder... e se não puder, não deixe de responder esta folha impessoal, impura e mal escrita...
Diego, 31 de Março de 2011, 3:07 A.M."