sábado, 14 de setembro de 2013

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(Música: Paradis - La Ballade de Jim)
Mas voltando, era apenas madrugada. Aos poucos o otimismo começava e permear-lhe, ainda que muito timidamente. Entretanto, passava a ter esperança, e isso, ainda que no meio daquela angústia, já era muito. Uma fina chuva, tal qual um lençol frio, começava a cair, e o calor começou a ceder... A cidade parecia alinhada com suas emoções, acompanhando-a tal qual uma mãe se alegra ou se entristece em ressonância com os sentimentos de um filho...

A solidão já não o incomodava. Na verdade, há muito tempo desejava um momento onde estivesse só com o Tempo como companheiro, sem necessidade maior do que olhar-se e desvendar seus reflexos. Nesse momento, já não sofria, já não sentia.

O dia nascia, lembrando-o de Renato Russo (Veja o sol dessa manhã tão cinza...) e a vida tinha que seguir. Era sábado, não tinha aula. Era sábado, não tinha trabalho. Era sábado, não tinha o que fazer. Era sábado, dia de viver.

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