domingo, 23 de janeiro de 2011

Resenha

Era interessante notar o cheiro de vodka com energético que emanava daquele copo. Talvez essa mistura, condenada por pais, idolatrada por quem a bebe, reprovada pelos puristas (leia-se: alcóolatras) traduzisse o que sentia-se nessa noite: empolgação, sensações boas, amor (?), felicidade, enfim. Era interessante notar o calor que não sentíamos, mesmo rodeado de pessoas, sós e acompanhadas. 'Sendo aquele que sempre traz amor... ♫' Enquanto as luzes nos cegavam, nós fechamos os olhos, sem ligar para nada nem ninguém, só o instante, o som, e o ar que nos rodeava nos importavam. Era interessante, enfim, vermos o quanto é necessário para ser feliz (ao menos por um instante) e que, mesmo com a miséria do mundo, há esperança. "15 mil carros fabricados por hora, 'meu pirão primeiro', é a lei que vigora. Shoppings lotados, bibliotecas vazias, liberdade confundida com pornografia.... ♫' SIM, ISSO FOI O SHOW DO FORFUN!
Para os amigos que ainda não conhecem, as musicas citadas:

Morada


Dia do Alívio

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Antipoesia/Sonolência

Não sou poeta, apenas dou sorte com as palavras às vezes... e nem tenho tanto tédio, é somente a necessidade que todos(?) temos de exprimir coisas que não sentimos, para que não precisemos nos descontrolar com o que passamos. Não sinto tanta falta de nada, como tenho saudade de tudo, até do futuro. Enfim, acho que só me entende quem não entende a si mesmo... Falando sobre organização pessoal, a anarquia leva ao descontrole absoluto, e a ordem excessiva ao tédio modorrento, comum em tardes quentes e nubladas, onde um rock de péssima qualidade e zero originalidade toca seu ouvido como uma nota desafinada no meio da melodia da vida monótona. E enquanto você muda pra uma bossa-nova, com seus acordes dissonantes, melodia de jazz e batida sincopada (sambada?), aos poucos a tarde se consome, entre lembranças, sorrisos, (talvez) algumas lágrimas e vários copos de whisky com gelo, que anestesiam (ainda mais) os sentidos e a memória, enquanto as fotos se misturam às cartas, cortes, sortes e amores, se misturam passado e presente, o pensamento vagando, singrando um mar inimaginável, sem destino ou objetivo, apenas flutuando, flutuando....