segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Antipoesia/Sonolência

Não sou poeta, apenas dou sorte com as palavras às vezes... e nem tenho tanto tédio, é somente a necessidade que todos(?) temos de exprimir coisas que não sentimos, para que não precisemos nos descontrolar com o que passamos. Não sinto tanta falta de nada, como tenho saudade de tudo, até do futuro. Enfim, acho que só me entende quem não entende a si mesmo... Falando sobre organização pessoal, a anarquia leva ao descontrole absoluto, e a ordem excessiva ao tédio modorrento, comum em tardes quentes e nubladas, onde um rock de péssima qualidade e zero originalidade toca seu ouvido como uma nota desafinada no meio da melodia da vida monótona. E enquanto você muda pra uma bossa-nova, com seus acordes dissonantes, melodia de jazz e batida sincopada (sambada?), aos poucos a tarde se consome, entre lembranças, sorrisos, (talvez) algumas lágrimas e vários copos de whisky com gelo, que anestesiam (ainda mais) os sentidos e a memória, enquanto as fotos se misturam às cartas, cortes, sortes e amores, se misturam passado e presente, o pensamento vagando, singrando um mar inimaginável, sem destino ou objetivo, apenas flutuando, flutuando....

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