quarta-feira, 28 de dezembro de 2011


Te encontro de novo como eu mesmo previ
Desfaço as promessas que escrevi
Gosto de me ver chorar e de mentir
Que essa é a última de muitas que estão por vir
Uh - depois de um momento a sós
Me pergunto quem está limpando os teus lençóis
Quem vai desatar o fio que por anos fomos nós?
Te escuto dizer tudo aquilo que me rasga
Diga que não vai voltar e me espere pro jantar
Uh - depois de um momento a sós
Me pergunto quem está limpando os teus lençóis
Quem vai desatar o fio que por anos fomos nós?
Promessas frias de verão
Você vai dizer que não
Adeus é tudo que eu preciso ouvir de você
Uh - depois de um momento a sós
Me pergunto quem está limpando os teus lençóis
Quem vai desatar o fio que por anos fomos nós?

sábado, 24 de dezembro de 2011

Noite 'Feliz'

Véspera de natal, acendo mais um cigarro enquanto termino essa cerveja. A anestesia que me deram quando criança já não tem mais efeito. Agora a insensibilidade vem devido aos repetitivos choques e inflamações, com a pútrida essência gerada em todos os lados, todos os cantos. A sujeira que corrompe a vida, a religião, o amor, o comércio, o sexo, o corpo, é sem fim e sem finalidade. Um arroto brota de meu estômago, lembrando-me da condição animalesca a que todos nós pertencemos, e que tentamos negar e sujeitar ao 'bom-senso'. Nessa hora, um traseunte passa: 'tem um cigarro aí?' Meu egoísmo impera, e digo: só não posso dar a carteira toda. Ele ri, me deseja um feliz natal, e que Jesus encha minha vida de alegria. Eu gargalho e digo: mais alegria que beber só, em um posto, fumando um cigarro e conversando com um desconhecido? Obrigado, Jesus. E ele não nota meu tom de ironia. Entro no carro, dobro a esquina a 70 por hora, acelero para 120, encontrando o próximo poste largo em um abraço natalino... É, não é doce viver na cidade grande... Não é doce morrer no natal.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011