12:50 da manhã, um vôo da TAM. (Mania ridícula de rimas...). Prometo, não será poesia, apesar de ser pretensamente poético. Enfim, escrevo aqui para dizer... é melhor simplesmente falar logo.
O Frio. Incompreensivelmente, o frio me atrai. Acho que pelo contraste exibido (ou seria somente sentido?) pelo contato com ele. Talvez pelo fato (eu disse talvez) de ele aprofundar certos sentimentos... não, não sentimentos, seriam mais algo como sensações... de um abraço, de um arrepio, da embriaguez (alcoólica e, porque não?, sentimental). Pode ser também pela imparcialidade, a "frieza" (jura? '-') aquele tom que ele possui como um ser superior, intangível e intocável...
A lua lá fora, o avião acima das nuvens, e minha janela turva-se com a umidade da minha respiração solitária... Debussy toca sua "Suite Bergamasque" no canal de música do avião e assim minha viagem de volta escorre, entre um suco de laranja, uma melancolia inexplicável e um cansaço justificado, além da insônia (talvez) produtiva, que me levou a esse (mal escrito e digitado) texto.
Em algum ponto sobre o Brasil, Diego.
03/07/2010
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