quarta-feira, 25 de agosto de 2010

'Madrugada' ou 'Liberdade Contemporânea'

Mais uma madrugada insone. Cansei disso.

Entre um beijo e algumas besteiras ditas no estilo "Mike Tyson" (na orelha, pra quem não entendeu a piada o trocadilho) curto 'mais uma' ficante. Gostos em comum, muitas histórias de lembranças, tentamos ser maduros e razoáveis, ao mesmo tempo que livres como crianças. "Joelhos ralados saram mais rápido do que corações partidos."

E pra que eu quero isso?

"Vivemos na pior geração."

Que seja. Mas tudo tá tão acelerado que os jovens têm saudade do que não viram, e nem fazem nada para deixar saudade. A geração consumo (no Brasil, formada com o dueto MTV-Malhação) taí pra provar isso. ACORDEM! São os anos 2000! Não existe mais o cafajeste, a safada, a santa, nem o nerd! Hoje você pode sair de um show de Heavy Metal para um de axé, mesmo você sendo um Funkeiro. Sinceramente, acabaram as tribos, os estereótipos! Cresça, ou melhor, ATUALIZE-SE! Num mundo em que o bissexualismo está cada vez mais comum, a ordem é: "Viva a sua vida, abra a sua mente!" (mas só faça algo se realmente estiver certo que quer aquilo).

Por mais que pareça o contrário, daqui a 60-70-80, sei lá quantos anos, vão ser só você, suas memórias e sua consciência . Viva, seja livre, não faça mal aos outros e nem a você mesmo. Assim você será um bom cristão. E um bom budista, um bom espírita, um bom judeu, um bom hindu, um bom muçulmano, um bom pai-de-santo... o que seja. VIVA!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O Homem Nu

Porque a nudez nos ofende tanto? Algo que deveria ser periódico (vestimentas de proteção contra o frio) se tornou essencial e vazio de significado real. O estado natural humano é, comprovadamente, a completa nudez. Porém, penso que ela é menos ofensiva à sociedade do que a nudeza da alma. Imagine você despido de todos os preconceitos, todos os "valores", toda a consciência, toda a individualidade corporal. Você é apenas você, sem nada para segurar seu pensamento, sua imaginação, suas emoções. Você se reconhece nos seus semelhantes (os "nus de alma") e até o egoísmo que possa aflorar acaba voltado ao benefício de vocês. Bonito, não? Impossível? Talvez. Visite um manicômio e procure aquele indivíduo com o sorriso bobo e quieto. Talvez ele seja tão verdadeiramente feliz, que ofenda a noossa sociedade. E mesmo assim, ainda é feliz. "Só os loucos são livres" E você? Abdica dessa liberdade pela "vida real"? Ou não tem medo de ser chamado de louco e tira a "roupá da alma"? PENSE!

sábado, 7 de agosto de 2010

Tenso?

Escrevo essas linhas tortas com palavras incertas. Uma manhã de sábado reflete a minha insônia que começou às quatro da manhã, após mais uma noite de som, sexo e dorgas. Diversão? Minha geração nunca aprendeu o que é isso. Na verdade, como diz o PC Siqueira em um dos seus vlogs, “a galera sai na rua pra tomar no cu!”. Enquanto Oswaldo Montenegro canta Zé Ramalho (“Eu desço dessa solidão, espalho coisas sobre um chão de giz...”) eu fico semovente, pensando no dia, na noite, na vida, pela madrugada. Amanhã viajo e não sei se vou voltar. Não, não me refiro à viagem no aeroporto, embora talvez ela possa ser o começo de algo que me leve pra longe de quem eu sou. Tá certo, eu escrevo textos (?) tensos, pra uma platéia (?) que não me entende. E enquanto isso, procuro alguém pra embarcar nessa viagem louca, só que sem tantas drogas, uma grande dose de tédio e mais alguma coisa parecida com um “clipe sem nexo, um pierrot retrocesso, meio bossa-nova e rock and roll...”
Enfim, encontrei nesse livro do Gabriel Garcia Márquez, Memórias de Minhas Putas Tristes um texto que quase me define. Está lá, na página 74 escrito assim: “Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do Zodíaco.”