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quarta-feira, 1 de abril de 2015

4 a.m.


4:00 am.

Walk into a bar, a desperate need for that 'ol Tennessee spirit on the rocks.
 
While waiting lazily light up a cigarette and try to pull some happiness from it, but blinded to anything else in the world. The whiskey arrives and with it a try to purge all the sadness that insists to occupy the stomach.

But look through everything. Through the entire earth; empty and solid spaces have no importance. Just this (also empty) gaze. That emptiness that can be felt. From the fingertips to the back of the head.

Don't know what else to do. Standing on this corner, seeing nothing, understanding much less. Strolling through the same damn path every week. Always the same routine, same places, same emptiness.

Just lay here forever. Or for the next minute or so.

4:01 am.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Exercício 5


(Milky Chance - Stolen Dance)
Soprava, pessoa, vazio

Batida na porta. Lá fora o frio soprava uma batida janela quebrada. Batida. Os parcos retalhos que batiam e recobriam seus friorentos membros ainda guardavam uma cálida, mas batida, memória de vida. Batia. Não sabia mais o que era coberta, o que batia, o que era parte dele mesmo. Sentia esse frio, mas não sabia dizer se era a batida, digo, o frio interior era que gelava o quarto, ou se era só a temperatura negativa entrando no coração.

Debatia, e sentia-se quebrado, mas completo. Abatido, triste, mas conformado. "É isso..." batia em si mesmo. "Exorcizar-se leva-nos, ao fim de tudo, a bater na própria vida, purgando-a de si mesma." Devaneava, debatia, delusionava, não possuía mais nexo algum.

Vazio? É só mais um nome para o território desconhecido onde ele levou seu coração, sua mente, seu turbilhão.

Vazio?

Vazio.

Lá fora, o vento soprava, aqui, não batia.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Exercício 4




    (The Who - Behind Blue Eyes)



Proposto por Amanda Fernandes.

Olhos, lembranças, cansaço

Da sinestesia causada pelo som de sua guitarra solitária na noite, ele sentia todo o peso dos seus 19 anos.

Ou seja: era mais um adolescente leviano e com uma paixão desmedida por seu instrumento, pela música e pela vida.

Entretanto, os olhos dele...
Um castanho escuro, o outro quase cinza. Traziam em si um cansaço atemporal. Um cansaço pálido, insensível. Nem ele mesmo sabia disso, não tinha consciência.
Mas toda vez que se encarava no espelho, vinham certas lembranças que ele não sabia determinar se eram reais, sonhadas ou....

Como uma vez, certa garota disse (ou ele sonhou? ou...) : "Caralho, eu te amo. Mas não vou passar contigo mais do que essa noite."
Conseguiu compreender tudo, naquele momento fugaz, mas logo em seguida esqueceu o significado. Apenas apagou o cigarro e disse "sim. Também te amo. Aproveitemos, então. E até quando? Não, não responda. Foi retórica..."
E hoje, nos breves momentos em que se olha, se encara, fica com essa angústia.
Que, claro, não dura mais do que o momento em que se ocupa com sua vida.

Mas essas lembranças... seriam sonhos? ou seriam...

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Exercicio 3

Teto, sonhos, chuva
Lembro-me de estar ali, parado, encarando o nada e pensando se há algum limite para os sonhos... se existe algum teto, diante do qual não podemos mais subir ou contornar. E será que por esse teto ser tão alto, nos parece infinito ou mesmo que não existe? E lá fora, o que existirá? O que há além? Ou antes: o que há aqui? Talvez eu já esteja ouvindo as respostas: chuva.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Exercício 2

Pacífico, vida, velocidade.

Pensava no oceano que cortava, dentro de sua embarcação. O Pacífico, com todas suas cores e frieza, estendia-se como um titã adormecido, imperturbável. O suave som da chuva rala misturando-se ao ruído baixo e constante das ondas sendo cortadas refletiam a velocidade do seu coração: lento, calmo, sossegado. Deitado no convés, ignorando os pingos que caíam em seu rosto, encarava o céu de nuvens esparsas. "O mundo rasga-se ao meio", pensava, "enquanto não sabemos sequer se estaremos vivos pra ver o próximo amanhecer...".
Começou a tocar uma guitarra imaginária, repetindo as notas tão batidas e rebatidas e decoradas, em sua mente copiando uma valsa que desse um tom mais melódico e (porque não?) melancólico à vida....
"Só consegue ser feliz na vida que já conheceu a tristeza... mas eu devia anotar todos esses pensamentos..." refletia....
                                                       (Noite de Lua - Dilermando Reis)



Proposto por Ana Luísa (que, por sinal, possui também um ótimo blog: http://tollitur-quaestio.blogspot.com.br/ )

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Exercício 1

moto, luz, grade.
A luz que se filtrava pelo telhado projetava-se em raios através da poeira, como num fim de tarde calorento qualquer... a mente atormentada trabalhava, trabalhava, trabalhava... sem objetivo claro, inquieta, incerta, como um moto contínuo, sem conseguir parar por si só. Sofria a angústia das grades do movimento eterno, do PENSAMENTO eterno! Mas que A-GO-NIA não poder parar de racionalizar, de raciocinar, de racionar...


(Série de posts seguindo a linha do 'Exercício Mental' que costumo fazer: pegar 3 palavras quaisquer, aleatórias (ou não) e tentar interconectá-las, seja numa história, numa crônica ou texto completamente sem sentido. Se tiverem sugestões de palavras, caixinha de comentários está disponível, e eu, disposto.)